Historiadora encontra desenho do antigo curso do leito do Rio Paraíba
A historiadora jacareiense Cesira Papéra encontrou um desenho de 1829, em que consta o antigo curso do leito do Rio Paraíba do Sul em Jacareí. Entre tantas histórias contadas sobre a mudança do leito do Rio Paraíba do Sul, o desenho é um documento raro que pode comprovar documentalmente a real mudança.
Cesira conta que, em suas pesquisas, utiliza o Arquivo da Torre do Tombo de Lisboa, em Portugal, pois antes de Jacareí pertencer ao Brasil, pertencia à Coroa Portuguesa. E foi em Paris, em visita a uma Mostra de Gravuras do Continente Americano, feitas por desenhistas franceses dos séculos XVIII e XIX, que a historiadora encontrou plantas de cidades do Vale do Paraíba e uma delas era a planta de Jacareí. “Os portugueses sempre foram mestres na arquivologia e lá existe documentação sobre a Villa de Jacarehy”, comenta.
De acordo com a historiadora o desenho aparece nas anotações de um desenhista francês em seu diário de viagem nos momentos em que passou por Jacareí e mostra o antigo percurso que fazia o Rio Paraíba do Sul. “Mostra também o Centro Histórico de Jacareí na época, o Porto, a estrada que levava à São José dos Campos e o local do antigo Cruzeiro e Pelourinho”, relata.
Cesira declara que foi necessário certo tempo para ter em mãos a cópia e a digitalização desse documento histórico e uma solicitação teve de ser encaminhada para que a planta pudesse ser divulgada. Atualmente o desenho pertence a uma Coleção presente em um Arquivo Histórico Brasileiro.
A historiadora disse que existem outros dois desenhos que retratam a mudança do leito. Um desenho foi feito por Luiz José Navarro da Cruz sobre uma foto antiga da cidade. “Luiz José numa ação precursora na preservação do Patrimônio Cultural de Jacareí, recolheu muitas das primeiras fotos da cidade e promoveu, junto ao fotógrafo Cambusano, o restauro de todas elas. Ele selecionou a foto em que aparecia o leito do Rio atual e desenhou sobre ela o possível leito antigo do Rio, conforme ele havia conhecido através das narrações de pessoas mais idosas”, conta.
O segundo desenho foi feito pelo jornalista João Baptista Denis Netto, mais conhecido como Jobanito, e publicado no Livro “Pelas ruas da Cidade”. “Com suas memórias Jobanito escreveu e registrou importante parte da história da vida urbana de Jacareí”, relatou Cesira.
Cesira cobra incentivo às instituições científicas
A historiadora explicou que os resultados são obtidos através de trabalhos de pesquisa histórica, que requerem recursos e incentivos, que, muitas vezes, não são fornecidos pelo município. “É necessário que a cidade crie mecanismos de incentivo e fomento às instituições científicas e não somente pague altos salários à profissionais que vêm de outras cidades. O preenchimento de cargos nesse setor deve ser feito através de concurso público, não basta ser amigo do Prefeito para trabalhar ali onde se faz a tutela de Patrimônio Cultural. Não basta realizar eventos para mostrar a Cultura, nós devemos instituir a cientificidade aqui e isso se faz com leis”, argumentou.
Cesira também fez sugestões quanto a importância dada ao registro histórico em Jacareí, inclusive nas escolas. “Jacareí possui fragmentos arqueológicos de períodos pré-colombianos, podemos ter aqui o maior Museu Arqueológico do Vale do Paraíba ou do Estado de São Paulo. Podemos criar o ensino de Arqueologia local nas escolas e sítios arqueológicos serem utilizados para a realização de aulas, as crianças aprenderiam arqueologia e ciência num Museu a Céu Aberto. A História pode auxiliar na resolução de problemas atuais e servir de exemplo para a prevenção de conflitos futuros”, afirmou.
No mês de Março, Cesira lançará em seu site www.patrimonioculturaljacarehy.com.br os resultados de suas pesquisas historiográficas sobre Jacareí.
Cesira conta que, em suas pesquisas, utiliza o Arquivo da Torre do Tombo de Lisboa, em Portugal, pois antes de Jacareí pertencer ao Brasil, pertencia à Coroa Portuguesa. E foi em Paris, em visita a uma Mostra de Gravuras do Continente Americano, feitas por desenhistas franceses dos séculos XVIII e XIX, que a historiadora encontrou plantas de cidades do Vale do Paraíba e uma delas era a planta de Jacareí. “Os portugueses sempre foram mestres na arquivologia e lá existe documentação sobre a Villa de Jacarehy”, comenta.
De acordo com a historiadora o desenho aparece nas anotações de um desenhista francês em seu diário de viagem nos momentos em que passou por Jacareí e mostra o antigo percurso que fazia o Rio Paraíba do Sul. “Mostra também o Centro Histórico de Jacareí na época, o Porto, a estrada que levava à São José dos Campos e o local do antigo Cruzeiro e Pelourinho”, relata.
Cesira declara que foi necessário certo tempo para ter em mãos a cópia e a digitalização desse documento histórico e uma solicitação teve de ser encaminhada para que a planta pudesse ser divulgada. Atualmente o desenho pertence a uma Coleção presente em um Arquivo Histórico Brasileiro.
A historiadora disse que existem outros dois desenhos que retratam a mudança do leito. Um desenho foi feito por Luiz José Navarro da Cruz sobre uma foto antiga da cidade. “Luiz José numa ação precursora na preservação do Patrimônio Cultural de Jacareí, recolheu muitas das primeiras fotos da cidade e promoveu, junto ao fotógrafo Cambusano, o restauro de todas elas. Ele selecionou a foto em que aparecia o leito do Rio atual e desenhou sobre ela o possível leito antigo do Rio, conforme ele havia conhecido através das narrações de pessoas mais idosas”, conta.
O segundo desenho foi feito pelo jornalista João Baptista Denis Netto, mais conhecido como Jobanito, e publicado no Livro “Pelas ruas da Cidade”. “Com suas memórias Jobanito escreveu e registrou importante parte da história da vida urbana de Jacareí”, relatou Cesira.
Cesira cobra incentivo às instituições científicas
A historiadora explicou que os resultados são obtidos através de trabalhos de pesquisa histórica, que requerem recursos e incentivos, que, muitas vezes, não são fornecidos pelo município. “É necessário que a cidade crie mecanismos de incentivo e fomento às instituições científicas e não somente pague altos salários à profissionais que vêm de outras cidades. O preenchimento de cargos nesse setor deve ser feito através de concurso público, não basta ser amigo do Prefeito para trabalhar ali onde se faz a tutela de Patrimônio Cultural. Não basta realizar eventos para mostrar a Cultura, nós devemos instituir a cientificidade aqui e isso se faz com leis”, argumentou.
Cesira também fez sugestões quanto a importância dada ao registro histórico em Jacareí, inclusive nas escolas. “Jacareí possui fragmentos arqueológicos de períodos pré-colombianos, podemos ter aqui o maior Museu Arqueológico do Vale do Paraíba ou do Estado de São Paulo. Podemos criar o ensino de Arqueologia local nas escolas e sítios arqueológicos serem utilizados para a realização de aulas, as crianças aprenderiam arqueologia e ciência num Museu a Céu Aberto. A História pode auxiliar na resolução de problemas atuais e servir de exemplo para a prevenção de conflitos futuros”, afirmou.
No mês de Março, Cesira lançará em seu site www.patrimonioculturaljacarehy.com.br os resultados de suas pesquisas historiográficas sobre Jacareí.